quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

CD Review : Craddle Of Filth - "Darkly, Darkly, Venus Aversa"



01. The Cult Of Venus Aversa
02. One Foul Step From The Abyss
03. The Nun With The Astral Habit
04. Retreat Of The Sacred Heart
05. The Persecution Song
06. Deceiving Eyes
07. Lilith Immaculate
08. The Spawn Of Love And War
09. Harlot On A Pedestal
10. Forgive Me Father (I Have Sinned)
11.
Beyond Eleventh Hour



Existem fórmulas musicais que nunca se esgotam. Bandas que escolhem fórmulas em suas obras como bases para desfrutar de duradouras e bem sucedidas carreiras. Nenhum fã exige qualquer mudança em sua direção musical, todos são universalmente felizes se uma banda lança um álbum que se encaixa no modelo dessa própria banda. Entre os grupos clássicos que se encaixam nessa descrição temos AC / DC, Motörhead, Slayer, para citar apenas algumas...
Em relação à fórmulas, o mesmo pode ser dito sobre  o Cradle Of Filth, que nunca se desviou do caminho definido. Mesmo tendo mudado um pouco seu som (primeira vez em Midian, em seguida em Thornography), a mudança foi muito sutil, longe de radical. Talvez as músicas fossem mais amigáveis, mas foi mais devido à produção muito mais clara do que à composição. Seja como for, Thornography foi o ponto mais baixo do Cradle Of Filth em sua carreira. Godspeed on the Devil's Thunder viu um retorno a um lado mais obscuro, mais rápido da banda, e Darkly, Darkly, Venus é um gêmeo de Godspeed on the Devil's Thunder.
As coisas mais notáveis desse álbum são: a quase total falta de introduções e interlúdios sinfônicos, ausência de músicas lentas e sobretudo, a inexistência de brilhantes canções memoráveis. É Cradle Of Filth normal com todas as características de sua marca, só que mais rápido do que o habitual. O furacão começa com "The Cult of Venus Aversa", e termina com "Beyond the Eleventh Hour". O pique fica mais lento apenas em "The Persecution Song " e "Forgive Me Father (I Have Sinned)". Pena que em nove músicas rápidas como um raio, nehuma delas soa como algo excepcional. Em vão foi a minha busca por uma música tão boa quanto, digamos, "Queen of Winter, Throned", "Beneath the Howling Stars" or "Tearing the Veil from Grace". Foram-se as majestosas passagens lentas e interlúdios surpreendentes. Darkly, Darkly, Venus Aversa. é difícil de alguma música ficar ali em sua cabeça e vez ou outra ficar lembrando, sabe? "Beyond the Eleventh Hour" termina e segue-se o silêncio...o álbum num todo não é ruim, mais uma vez esses caras provam seu valor, mas não conseguem me surpreender. Liberar quinze faixas a cada dois anos tem seu preço. O ato de criar música se transformou em uma produção de linha de montagem. As mercadorias resultantes para as massas são meticulosamente preparadas: a arte, fotos, letras, embalagem, produção - tudo o que é top de linha como de costume. Pena que o ponto crucial de tudo, A MÚSICA, é o elemento menos lembrado...
Aqui chegamos ao ponto da introdução onde este review começa a fazer sentido. A fórmula que Cradle Of Filth segue não é assim tão maravilhosa como as do Slayer ou AC/DC . Ela precisa ser atualizada, regada com novas idéias e mudanças para faze-la florescer  em novas direções. Ou, em última instância, deve ser mudada radicalmente, quase completamente reformulada e refeita para manter pelo menos uma parte do seu intuito original ou para criar novos meios de agradar ao ouvinte. Quantas vezes mais ainda poderemos desfrutar de uma introdução de teclado curto seguido por uma entrada de sopro de guitarras e bateria e "Aaaargh" inevitável? Eu acho que nós já apreciamos estas coisas bastante vezes. É hora de algo novo, Dani.METAL RULES!!!

2 comentários:

  1. Blastbeats quase sem parar ao lado de bons riffs.Não sou fã incondicional da banda, mas percebo q o álbum dá um passo de distância dos seus antecessores. Musicalmente é um álbum muito forte. Vale a pena ter!

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